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Little Drop of Poison

veneno avulso com antídoto incorporado

veneno avulso com antídoto incorporado

Little Drop of Poison

07
Out07

A vida é bela...

antídoto
O jantar correu muito bem. Comeram, beberam, conversaram e seduziram-se mutuamente.
 
Conhecia-o há uma semana, ele era interessante e divertido e quando, após os cafés, lhe perguntou se queria ir ver a sua colecção de discos em vinil, anuiu sentindo um frémito de excitação.
 
Subiram, ele serviu-lhe uma bebida e ficaram alguns minutos a conversar sobre música, enquanto lhe mostrava algumas velhas preciosidades.
 
Depois escolheu um disco de Nat King Cole, pô-lo no prato e, aos primeiros acordes de "Unforgettable ”, puxou-a para o meio da sala e dançaram.
 
Beijaram-se e rapidamente a suavidade foi substituída pela urgência, arrancaram a roupa um ao outro, cegos de tesão, e amaram-se como animais, ali no chão da sala.
 
Algumas horas depois ele deixou-a em casa,  saciada e rejubilante por, uma vez na vida, ter deparado com alguém diferente e confiável.
 
Seis meses depois.
 
Abriu a carta do laboratório e olhou petrificada para a sua sentença de morte.
 
---
 

---

 

Também detesto preservativos, como podem ver aqui, aqui e aqui, mas lembrem-se que ninguém conhece verdadeiramente ninguém…

.

Música: Nat King Cole - Unforgettable

 

16
Abr07

Oriops! (o regresso)

antídoto
Quem leu o Oriops e o Oriops (a saga continua) sabe que detesto preservativos.
Mas uma coisa é detestar, outra é arriscar a vida por uns minutos de prazer e deitar borda fora uma vida de prazer.
Como tal, resolvi investigar na Wikipédia e trago-vos aqui a descrição de como é que as coisas têm que se passar.
Pertantes, eu estou com uma parceira, não é? Sim, faz falta.
E tenho decorados os passos que se devem seguir para colocar o preservativo (e estou um bocadinho ansioso, não vá ter uma branca, mas pronto).
E estamos ali aos beijos e aos amassos, cheios de urgência, a arrancar a roupa um ao outro e tal.
E quando a coisa está naquele ponto em que já saltam faíscas dos nossos corpos, ponho-lhe a mão aberta na testa, para a manter afastada e:
1 – Olho para a data de validade dos preservativos, impressa na caixa ou na embalagem.
Deixo-a vir, para mais uns segundos de beijos, gemidos, mordidelas, afagos. Depois amarro-lhe um pé à cama e:
2 – Abro cuidadosamente a embalagem, por um dos lados. Ainda que a sacana seja escorregadia, tenho presente que usar dentes e unhas pode rasgar o preservativo e que coisas afiadas nem pensar.
Vejo-a dobrada a tentar desatar o nó do tornozelo, tenho uma vertigem e agarro-a pelas ancas, mas:
3 – Aperto a ponta do preservativo para evitar que fique com ar, já que bolsas de ar podem romper facilmente o desgraçado.
Por essa altura ela desembaraça-se do laço e joga-se a mim, porém:
4 – Estou a tentar perceber qual é o lado certo da borrachinha para pôr, e não há outra maneira de dizer isto, na cabeça do meu amiguinho, após o que – dás licença? - (isto sou eu a falar com ela) desenrolo o preservativo até à base de vocês sabem o quê.
Nessa altura já nem vejo bem, deito-a com um empurrão, puxo-a para a beira da cama e lembro-me que:
5 - Antes de começar a relação sexual devo testar se o preservativo não está "folgado" no pénis (folgado? estes gajos são parvos ou quê?).
E é nesse momento que oiço – Olha, mudei de ideias – (isto é ela a falar comigo).
Seja lá como for, tenham presente que:
6 – Não usem o preservativo mais que uma vez, usem um novo sempre que forem ter relações sexuais (será que eles se sentiram tão idiotas como eu ao dar este conselho?).
E ainda:
7 – Tirem o preservativo assim que ejacularem. Segurem-no enquanto fazem isso (se bem que desconheça outra forma de o fazer).

Sabem que mais? Odeio preservativos!
30
Jan07

Oriops! (a saga continua)

antídoto
Notícia de hoje, no JN

Atenta ao próximo Dia dos Namorados, celebrado a 14 de Fevereiro, uma empresa chinesa decidiu criar uma opção de presente criativa e ousada o preservativo musical.
Mas não é o contraceptivo que canta. O que os publicitários da Ondo Creation, de Hong Kong, fizeram foi criar um pacote com preservativos com diversos sabores (como menta, morango, chocolate e banana) acompanhados por um CD com músicas insinuantes.
"Criamos um ambiente para os amantes que queiram ter uma experiência diferente", disse Victor Tsang, executivo da Ondo Creation.
A empresa ganhou já prémios internacionais por ter "revitalizado a imagem dos contraceptivos", que deixaram de ser vendidos na farmácia e passaram a ver adquiridos em "locais fashion".
"A música começa lenta, depois fica média e vai acelerando até ficar lenta outra vez", afirma Jack Wong, que ajudou em toda a produção do CD.
A banda sonora do amor dura 18 minutos. "Agora, se é tempo de mais ou de menos, vai depender de cada um", confessou o mesmo profissional.

Não é uma ideia genial??!!
Um presente criativo e ousado, sem dúvida absolutissimamente nenhuma, nem eu me lembraria de tal coisa.
OK, é uma pena não ser a camisinha a cantar, mas mesmo assim é muito apelativo, não acham?
Notem como inovaram até nos sabores, apesar de eu achar, sinceramente, que falta ali a baunilha.
E reparem na génese da ideia, eles quiseram criar um ambiente para amantes que querem experiências diferentes. UAUU!
Caramba, eu nunca pinei com música ambiente, estou excitado e ansioso por ter essa experiência única e tão p’rá frente. Ai, desculpem o ‘pinei’, foi do entusiasmo.
Mas não é tudo, os senhores, num rasgo de inteligência criativa, começam com música “lenta, depois fica média e vai acelerando até ficar lenta outra vez".
Vocês já perceberam bem o que é que isto representa??!! É um verdadeiro manual do bem fo… ops… lá me ia descaindo, queria dizer que é um verdadeiro manual do bem cavalgar em toda a sela, se é que me entendem (xi, isto não me está a sair bem). Enfim, é uma verdadeira escola, como diria a minha avó.
As minhas amigas passam a vida a queixar-se dos namorados mas agora fica o problema resolvido, é só pôr a música e seguir o compasso… durante dezoito minutos. N’é fantástico, mulheres?
Assim, de repente, assaltam-me tantas ideias complementares, vocês ponham-se bem nisto:
1- preservativos com lanche (come-se e no intervalo… come-se);
2- preservativos com champô (se correr mal há sempre o prazer do banho);
3- preservativos com mapa dos becos e parques da cidade (para os menos abonados);
4- preservativos com vale brinde (é só trocar por parceira(o) nos locais próprios).

Opá, com estas ideias fantásticas eu ainda vou passar a gostar de preservativos, ai vou, vou!
11
Jan07

Oriops!

antídoto
Detesto preservativos, ponto de exclamação.
Se há coisa que me dá cabo da cabeça… quer dizer… heee… não é isso… bem, vocês entendem… reformulando, se há coisa que para mim funciona como um ‘corte’ é o momento em que tenho que parar com aquilo que estava a fazer, para poder fazer aquilo que quero continuar a fazer.
Hum, deixa lá reler isto, xiça que há temas difíceis.
Ora vejamos… “estava a fazer… poder fazer… continuar a fazer”... que coisa mais embrulhada (se bem que coisa embrulhada até se adapta perfeitamente ao assunto).
Bem, se tiverem dificuldade em entender, leiam três vezes e pronto.
Continuando.
Eu sei que é fundamental protegermo-nos, as doenças sexualmente transmissíveis são uma praga ainda por controlar e, se reflectirmos um bocadinho, o facto é que ninguém conhece verdadeiramente ninguém.
Daí que, ou surge uma relação prolongada no tempo, daquelas que, para além do bom sexo, tem os condimentos que nos fazem ficar parvinhos de felizes, ou “não há cá pão p’ra malucos”, não abdico de o usar.
Mas que detesto, detesto!
Felizmente o espírito inventivo do ser humano não pára de nos surpreender e hoje, para quem ainda não sabe e para quem detesta preservativos, posso dar uma notícia que, não sendo excelente, é boazinha.
Não, não é isso, o preservativo continua a ser fundamental.
Mas há preservativos e preservativos e estes vieram facilitar a coisa, porque é só colocar na ponta de quem tem ponta e... Oriops!
O único problema é ainda não os fazerem no tamanho XXL, mas, ainda assim, já encomendei, a um amigo sul africano, três dúzias de caixas (sim, eu sou gajo, claro que tinha que dizer algo do género, ora).
Agora é só esperar que cheguem e pôr um anúncio a pedir voluntárias para os testes científicos.
Né bom??!!
P.S. Não fiquem tristes por ninguém conhecer verdadeiramente ninguém, quem sabe um dia não combinamos : )

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