03
Abr07
Mania
antídoto
Procurou em todos os lugares onde ela poderia estar, tentou inúmeras vezes o contacto telefónico, mas em vão.
Sentia-se inseguro, com medo, inundado de ciúme, com a raiva a toldar-lhe o pensamento.
Ligou para amigos, colegas, para a mãe, mas ninguém sabia do paradeiro de Ana.
Dirigiu-se para o apartamento dela e usou a sua chave.
Revolveu e cheirou-lhe a roupa, vasculhou os bolsos dos casacos, procurou por cima dos móveis, dentro dos livros, nas gavetas…
Aqueles três anos de namoro estavam a resultar num tormento permanente para ele.
Sentia um ciúme doentio com a forma descontraída como ela fazia novas amizades, a maneira como falava com os colegas e amigos, a roupa que vestia.
Depois de inúmeras discussões, tinha-a finalmente induzido a deixar de usar biquíni na praia, coisa que pura e simplesmente não conseguia suportar.
Ligou o computador e preparava-se para lhe investigar os ficheiros, quando a ouviu a meter a chave na porta.
Dirigiu-se para ela, lívido, agarrou-a por um braço e apertou-o sem se dar conta, perguntando com voz alterada por onde tinha andado.
Ela soltou-se, olhando para ele e abanando a cabeça.
- Sempre a mesma coisa, ainda vais fazer com que não te consiga aturar. Tive um furo e estive à espera que o reparassem.
- E não tens um telefone?
- Acabou-se a bateria, que querias que fizesse?
Ele sentiu um alívio imenso, associado ao sentimento de culpa.
- Desculpa, querida, eu sei que tens razão, sou um parvo, mas é mais forte que eu, morro de ciúmes. Prometo que para a próxima vez me vou controlar, juro que vou deixar de fazer estas cenas…
Alguns minutos mais tarde, depois dele sair, ela faz um telefonema.
- João? Ufa, desta vez foi por pouco, mas escapámos…
Sentia-se inseguro, com medo, inundado de ciúme, com a raiva a toldar-lhe o pensamento.
Ligou para amigos, colegas, para a mãe, mas ninguém sabia do paradeiro de Ana.
Dirigiu-se para o apartamento dela e usou a sua chave.
Revolveu e cheirou-lhe a roupa, vasculhou os bolsos dos casacos, procurou por cima dos móveis, dentro dos livros, nas gavetas…
Aqueles três anos de namoro estavam a resultar num tormento permanente para ele.
Sentia um ciúme doentio com a forma descontraída como ela fazia novas amizades, a maneira como falava com os colegas e amigos, a roupa que vestia.
Depois de inúmeras discussões, tinha-a finalmente induzido a deixar de usar biquíni na praia, coisa que pura e simplesmente não conseguia suportar.
Ligou o computador e preparava-se para lhe investigar os ficheiros, quando a ouviu a meter a chave na porta.
Dirigiu-se para ela, lívido, agarrou-a por um braço e apertou-o sem se dar conta, perguntando com voz alterada por onde tinha andado.
Ela soltou-se, olhando para ele e abanando a cabeça.
- Sempre a mesma coisa, ainda vais fazer com que não te consiga aturar. Tive um furo e estive à espera que o reparassem.
- E não tens um telefone?
- Acabou-se a bateria, que querias que fizesse?
Ele sentiu um alívio imenso, associado ao sentimento de culpa.
- Desculpa, querida, eu sei que tens razão, sou um parvo, mas é mais forte que eu, morro de ciúmes. Prometo que para a próxima vez me vou controlar, juro que vou deixar de fazer estas cenas…
Alguns minutos mais tarde, depois dele sair, ela faz um telefonema.
- João? Ufa, desta vez foi por pouco, mas escapámos…
Joss Stone - The Chokin Kind