06
Mai07
É só artistas
antídoto
Toulouse-Lautrec (1864-1901), grande pintor pós-impressionista francês, afirmou um dia que “no mundo moderno tudo é arte e todos são artistas”.
O mundo moderno, para ele, era a segunda metade do século XIX (não confundir com XXX), e nem supunha o quão certo estava relativamente à evolução do conceito de arte.
A facilidade com que hoje nos podemos expressar e termos acesso a todas as formas de arte, é seguramente muito bom.
Mas, e há sempre um mas, faz-me alguma confusão a generalização e o eco exagerado que algumas ‘obras’, que para mim não passam de trabalhos manuais, têm junto aos ‘especialistas’, aos média e ao público em geral.
Basta a assinatura de um artista/autor consagrado para qualquer bosta subir às alturas, da mesma forma que, muitas vezes, uma obra genial de um desconhecido nunca deixa de ser invisível.
O comum dos mortais está mais virado para novelas. Se não lê, muito menos se interessa por pintura, escultura ou música clássica, só para dar alguns exemplos.
Mas os apreciadores, conhecedores, especialistas, críticos, peritos de arte, teriam outra obrigação de não se deixarem influenciar pelo acessório.
E vem isto a propósito de duas experiências:
O mundo moderno, para ele, era a segunda metade do século XIX (não confundir com XXX), e nem supunha o quão certo estava relativamente à evolução do conceito de arte.
A facilidade com que hoje nos podemos expressar e termos acesso a todas as formas de arte, é seguramente muito bom.
Mas, e há sempre um mas, faz-me alguma confusão a generalização e o eco exagerado que algumas ‘obras’, que para mim não passam de trabalhos manuais, têm junto aos ‘especialistas’, aos média e ao público em geral.
Basta a assinatura de um artista/autor consagrado para qualquer bosta subir às alturas, da mesma forma que, muitas vezes, uma obra genial de um desconhecido nunca deixa de ser invisível.
O comum dos mortais está mais virado para novelas. Se não lê, muito menos se interessa por pintura, escultura ou música clássica, só para dar alguns exemplos.
Mas os apreciadores, conhecedores, especialistas, críticos, peritos de arte, teriam outra obrigação de não se deixarem influenciar pelo acessório.
E vem isto a propósito de duas experiências:
- Uma televisão espanhola que pôs crianças de 2 anos a pintar um quadro e o expôs na mais importante feira internacional de arte de Espanha, onde conhecedores dissertam sobre a angustia existencial do autor;
- E um grande violinista, Joshua Bell, cujos concertos podem ser vistos nas melhores salas do mundo por cerca de 80 euros, a tocar no metro de Washington, em hora de ponta, sem que ninguém lhe dê atenção.
Os resultados dão que pensar.
Os resultados dão que pensar.