07
Jul07
Pragma
antídoto
Andava com a cabeça na Lua e o coração a transbordar de felicidade.
Horas a conversarem, a conhecerem-se, a partilharem emoções, opiniões, conceitos, objectivos, desejos, intimidade…
A vida parecia ter outras cores, tudo parecia mais simples, leve e digno de ser experimentado e vivido.
As noites ardiam em paixão, plenas de carinho, sensualidade, luxúria e intensidade animal.
Passavam os dias a rirem como adolescentes, a trocarem sms estimulantes, desejosos do momento em que poderiam finalmente abraçarem-se.
Tinham passado só uns meses e não se reconhecia, estava mesmo agarrado e a adorar cada minuto, a construir na sua cabeça um filme com final feliz.
Mas naquele dia as respostas às sms estavam diferentes, muito espaçadas e contidas.
Perguntou-lhe se estava tudo bem, recebeu uma resposta afirmativa e descontraiu.
Encontraram-se à mesma hora de sempre, abraçou-a mas ela não correspondeu, deixando os braços caídos ao longo do corpo.
- Hum… tu não estás bem, aconteceu alguma coisa?
- Não, mas temos que conversar - respondeu ela hesitante.
- Que foi, amor? - questionou ele sentindo um baque no coração.
- É que não quero isto…
- Isto o quê?
- Isto! Isto que temos! Não quero sentir esta obrigação, esta vontade de ti, tenho a minha vida organizada, demorei a encontrar o meu equilíbrio, quero a minha vida de volta.
- A tua vida de volta? Nunca te exigi nada, não tens que mudar nada, que conversa é essa agora?
- Porquê, não posso? - respondeu ela desafiadora.
- Claro que podes, mas apanhaste-me de surpresa, mostraste-te sempre apaixonada e agora de repente…
- Sabes que adoro o meu trabalho, tenho que apostar na minha carreira, não quero sentir-me presa.
- Mas…
- Desculpa mas não dá, acabou aqui.
E o mundo voltou a ter tons de cinza...
Horas a conversarem, a conhecerem-se, a partilharem emoções, opiniões, conceitos, objectivos, desejos, intimidade…
A vida parecia ter outras cores, tudo parecia mais simples, leve e digno de ser experimentado e vivido.
As noites ardiam em paixão, plenas de carinho, sensualidade, luxúria e intensidade animal.
Passavam os dias a rirem como adolescentes, a trocarem sms estimulantes, desejosos do momento em que poderiam finalmente abraçarem-se.
Tinham passado só uns meses e não se reconhecia, estava mesmo agarrado e a adorar cada minuto, a construir na sua cabeça um filme com final feliz.
Mas naquele dia as respostas às sms estavam diferentes, muito espaçadas e contidas.
Perguntou-lhe se estava tudo bem, recebeu uma resposta afirmativa e descontraiu.
Encontraram-se à mesma hora de sempre, abraçou-a mas ela não correspondeu, deixando os braços caídos ao longo do corpo.
- Hum… tu não estás bem, aconteceu alguma coisa?
- Não, mas temos que conversar - respondeu ela hesitante.
- Que foi, amor? - questionou ele sentindo um baque no coração.
- É que não quero isto…
- Isto o quê?
- Isto! Isto que temos! Não quero sentir esta obrigação, esta vontade de ti, tenho a minha vida organizada, demorei a encontrar o meu equilíbrio, quero a minha vida de volta.
- A tua vida de volta? Nunca te exigi nada, não tens que mudar nada, que conversa é essa agora?
- Porquê, não posso? - respondeu ela desafiadora.
- Claro que podes, mas apanhaste-me de surpresa, mostraste-te sempre apaixonada e agora de repente…
- Sabes que adoro o meu trabalho, tenho que apostar na minha carreira, não quero sentir-me presa.
- Mas…
- Desculpa mas não dá, acabou aqui.
E o mundo voltou a ter tons de cinza...