20
Fev07
A idade da inocência
antídoto
Tenho saudades dos meus tempos de adolescência.
E pronto, já está tudo de dedinho no ar.
Calma lá, isto não tem nada a ver com nostalgia, nem com a idade propriamente dita.
Ao contrário do que todos afirmam, se fosse possível voltar atrás eu não queria saber nada do que sei hoje.
Do que tenho saudades é da inocência, é dela que sinto falta.
Aquele tipo de inocência que nos dá a certeza que vamos mudar o mundo e ser diferentes para melhor, obter tudo o que desejamos, ver a vida em tons de azul, acreditar nas pessoas, no amor e na felicidade.
Hoje olho à minha volta e o que vejo? Pessoas derrotadas, deprimidas, negativas, exaustas, cépticas relativamente a tudo e a todos.
Ninguém se mostra, ninguém se relaciona de coração aberto, ninguém se afirma exactamente como é, ninguém confessa o que sente e o que quer.
O medo de sofrer supera a vontade de viver, na generalidade das pessoas.
Fecham-se nas suas conchas, nas suas vidinhas organizadas, nos seus hábitos confortáveis e seguros, nas suas gaiolas douradas e os dias passam, um após outro.
Acreditam que a felicidade está numa outra pessoa, confundem carência, solidão e desejo sexual com amor. Mergulham de cabeça em relações amorosas, sem terem a mínima noção da personalidade do outro e se são minimamente compatíveis. Muitas vezes, apesar do que sentem, nunca descontraiem, nunca se entregam, nunca se afirmam, vivendo num jogo permanente de egos mal resolvidos.
Depois vêem as decepções, os sofrimentos e mais cepticismo associado.
Tenho saudades da idade da inocência…
E pronto, já está tudo de dedinho no ar.
Calma lá, isto não tem nada a ver com nostalgia, nem com a idade propriamente dita.
Ao contrário do que todos afirmam, se fosse possível voltar atrás eu não queria saber nada do que sei hoje.
Do que tenho saudades é da inocência, é dela que sinto falta.
Aquele tipo de inocência que nos dá a certeza que vamos mudar o mundo e ser diferentes para melhor, obter tudo o que desejamos, ver a vida em tons de azul, acreditar nas pessoas, no amor e na felicidade.
Hoje olho à minha volta e o que vejo? Pessoas derrotadas, deprimidas, negativas, exaustas, cépticas relativamente a tudo e a todos.
Ninguém se mostra, ninguém se relaciona de coração aberto, ninguém se afirma exactamente como é, ninguém confessa o que sente e o que quer.
O medo de sofrer supera a vontade de viver, na generalidade das pessoas.
Fecham-se nas suas conchas, nas suas vidinhas organizadas, nos seus hábitos confortáveis e seguros, nas suas gaiolas douradas e os dias passam, um após outro.
Acreditam que a felicidade está numa outra pessoa, confundem carência, solidão e desejo sexual com amor. Mergulham de cabeça em relações amorosas, sem terem a mínima noção da personalidade do outro e se são minimamente compatíveis. Muitas vezes, apesar do que sentem, nunca descontraiem, nunca se entregam, nunca se afirmam, vivendo num jogo permanente de egos mal resolvidos.
Depois vêem as decepções, os sofrimentos e mais cepticismo associado.
Tenho saudades da idade da inocência…