Nos anos 60, com o movimento hippie, nasceu uma filosofia de vida que acabou por se disseminar, na sua essência, por todas as áreas das sociedades e tornar-se parte da cultura ‘principal’. Eles foram os precursores da liberdade sexual, da não-discriminação das minorias, do ambientalismo, da igualdade, da não-violência, até do misticismo actual. Celebravam a vida e o amor.
Hoje, no ano 8, vivemos uma filosofia de vida que exalta o "deus" que existe dentro de cada um de nós, o "Eu", a fuga de padrões pré-estabelecidos para a criação dos nossos próprios padrões, numa palavra, o individualismo.
As pessoas são medidas e admiradas pelo seu poder, pelo seu sucesso, pelo carro que guiam, as marcas que vestem, o relógio que exibem e tudo se resume a ajudar quem nos ajuda e a desprezar, nem que seja pela indiferença do esquecimento, os que não são dignos da nossa ‘estima’, em vez de fingirmos que nos preocupamos com eles.
Importa-nos pouco o outro, a não ser na medida em que serve os nossos desejos, emocionais, carnais, financeiros ou outros.
Vivemos para a essência da vida e não para fúteis sonhos espirituais, para a vingança e não para dar a outra face, para o ‘eu quero’ e não para os ‘vampiros psíquicos’.
Adoramos todos os denominados pecados, uma vez que todos nos dão gratificação física, mental e emocional!
Enfim, vivemos para a satisfação dos nossos desejos inatos e só nos conformamos com os desejos dos outros quando, em última análise, isso nos vai beneficiar.
Somos como crianças pequenas que não se privam dos seus desejos mais naturais e que fazem tudo para conseguirem o que querem em cada momento.
Se pensarmos bem, nada disto é estranho ou criticável, antes algo intrínseco ao ser humano consciente e inteligente.
Não fossemos nós corrompidos pela moral, hipocrisia, estupidez e escravidão do mundo que nos rodeia e manteríamos o egoísmo da pureza original.
É triste mas parece-me que para lá caminhamos.
P.S. Há uma associação que defende este estilo de vida, se alguém se reviu no que leu pode saber mais
aqui.