20
Mar07
Hipnótica
antídoto
Viu-a entrar no restaurante e ficou fascinado com o seu andar ondulante, o peito generoso, a cintura fina e aquela cara de anjo, adornada pelo cabelo escuro e comprido.
Ela sentou-se na mesa em frente à sua e sorriu-lhe, adivinhando-lhe a admiração.
Ao longo da refeição fixou-a repetidamente, sentindo-se simultaneamente constrangido e maravilhado pela forma como ela lhe devolvia o olhar, com uma expressão divertida e acolhedora.
Não conseguiu evitar uma erecção ao vê-la ajeitar, distraidamente, a alça do soutien carmim.
Finalmente ela levantou-se e dirigiu-se aos lavabos, sorrindo-lhe de novo ao passar junto dele.
Não resistiu, pousou o guardanapo e seguiu-a, entrando no estreito corredor onde a tinha visto desaparecer.
Empurrou a porta de acesso comum aos lavabos, sentindo-se corado e ofegante e caminhou, pé ante pé, para a única porta fechada, onde encostou o ouvido.
Passado um minuto dobrou-se, tentando espreitá-la pelo buraco da fechadura.
De repente sentiu uma dor lancinante na orelha e foi afastado da porta.
- Não tens vergonha, João Manuel?! - gritou-lhe a mãe - Um homem com 14 anos nestes preparos!!?? Ainda se fosses um bebé…
