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Dez07
Histéricas
antídoto
Esse ser frágil e etéreo que dá pelo nome de mulher, sempre foi susceptível a enfermidades gravíssimas.
Uma das mais conhecidas é, sem dúvida, a histeria.
Lazarus Riverius (1589-1655 ) definia-a assim:
“…uma espécie de loucura, que aparece de um desejo veemente e incontrolável de um Aconchego Carnal, cujo desejo impede tanto a Faculdade da Razão que a Paciente urra e diz coisas lascivas...”
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Histéricas do meu país e arredores, por favor... ups... desculpem, entusiasmei-me.
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Continuando.
Já Pieter Van Foreest (1521-1597) prescrevia o tratamento adequado:
"...quando aparecem os sintomas, é necessário a ajuda de uma parteira, para que ela possa massajar a genitália com um dedo dentro, usando óleo de lírios, almíscar, açafrão ou algo parecido..."
Hum, hum… abençoadas… hum… continuemos…
O que muitos de vocês não saberão é que foi esta mesma histeria que levou a industria médica a desenvolver, na segunda metade do século dezanove, vibradores medicinais, muito úteis para a prevenção e cura dos sintomas.
Os primeiros modelos, embora eficientes, eram grandes e caros.
Manipulator – 1860
Excitateur vulvo-uterin - 1883
Vocês puseram-se bem naquilo?! Que grandes que eram…
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Claro que com o advento dos modelos portáteis, movidos a electricidade, o uso doméstico começa a difundir-se.
Vibrador portátil – Começo do Séc. XX
Medo! Mas prontes, era com receita médica.
E daí para cá foi sempre a aviar, a indústria percebeu que a histeria era uma epidemia, apossou-se da ideia, desenvolveu-a e hoje já há coisas como o Thetoy, um vib que funciona com mensagens de texto, por telemóvel.
Digam-me lá, vocês não acham isto um cadito exagerado?
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Quer dizer, o moço manda uma sms e, enquanto ela a lê, ouve-se bzzzzzz... não sei...
Enfim, eu até gosto da histeria… heee… quer dizer… acho uma coisa bonita...
Mas, prontes, para nós, homens histéricos, basta um polegar oponível e o facto é que as mezinhas caseiras continuam a funcionar muito bem.