You are so beautiful
Vivemos, hoje em dia, sob o jugo da beleza parametrizada.
Somos bombardeados, a toda a hora, com publicidade, revistas, moda, cinema, tudo a mostrar-nos a e impor-nos um modelo padrão de beleza física que nos apresentam como ideal.
Os programas televisivos que nos mostram o antes e o depois de gente que se entrega nas mãos de ‘equipas multidisciplinares’ encarregadas de esculpir, raspar, remover, moldar, arrancar e implantar o que consideram que temos a menos ou a mais, são um enorme sucesso.
Nunca se gastou tanto em produtos de beleza, ginásios, cirurgia plástica e tudo o mais que nos possa deixar apetecíveis e prontinhos para sermos degustados por quem vier.
Curiosamente, quando o tema vem à baila, uma grande percentagem de pessoas afirma convincentemente que não senhora, que se interessa muito mais pela beleza interior que pela imagem. E, imediatamente a seguir, vai retocar o rímel ou levantar ferro.
O culto da imagem é uma religião que está a enriquecer os que dele vivem e a enlouquecer muita cabecinha insegura e incapaz de ver para além do contorno de um corpo esculpido.
Claro que todos gostamos de beleza, claro que a estética é importante, mas não será mais importante definir e buscar o que para cada um de nós é verdadeiramente bonito?