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Little Drop of Poison

veneno avulso com antídoto incorporado

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Little Drop of Poison

26
Set07

Depilação, pois então

antídoto
Por causa do referido no post anterior, decidi então ‘convidar’ uma amiga para proceder à extracção dos meus queridos pelinhos.
 
Ontem, às 7 da tarde lá me toca à campainha e a primeira coisa que faz é pedir para me ver o peito.
Depois de alguns minutos de gozo, começa a retirar do saco uma série de artefactos misteriosos, dizendo-me para me acalmar, que aquilo é a coisa mais banal do mundo.
E depois vem com uma conversa melíflua.
- Olha lá, hoje em dia o que está a dar é a depilação integral.
- Nananinanão, deixa-te mas é de ideias.
- A sério, não custa nada, tu não gostas de ver uma mulher completamente depilada? Nós também gostamos disso nos homens.
- Nós? Nós quem? Fala por ti.
- Deixa-te de mariquices, pá.
- Não, ficas-te pelo peito e já é uma sorte.
- Pensa lá bem, assim eu podia-te fazer “outras coisas”.
Por alguns segundos fiquei a imaginar o que seriam as "outras  coisas".
- Tais como? Perguntei, já curioso.
- Isso vais saber depois, respondeu ela com um sorriso de matadora.
Disse que não, que ia doer muito, mas ela despejou todos os argumentos sobre as novas técnicas de depilação e acabei por concordar.
Pediu para eu me despir e foi para a cozinha.
Fiquei deitado de costas, a olhar para a televisão, mas com a mente vagueando sobre as sensações que me podiam proporcionar as “outras coisas”.
Acordei quando ouvi o beep do microondas e a vi entrar na sala com um boião de cera e uma espátula, aparentando estar tão dona da situação que tive que me mostrar calmo e descontraído. Depois de uma breve discussão, concordei em começar por baixo.
Ela tomou conta das operações, disse-me para lhe dar acesso total à zona, pegou-me nas nozes como quem pega em duas bolinhas de porcelana e começou a passar cera  morna.
Achei aquela sensação fantástica. O meu amiguinho acordou, farejou e já estava
todo "pimpão" como quem diz: "sou o próximo da fila"!
Após estarem completamente  besuntados de cera, ela embrulhou-os em plástico com tanto cuidado que me ocorreu que queria levá-los para casa.
Onde raio teria ela aprendido  aquela técnica de prazer? Na Tailândia, na China, na Internet?
Alguns segundos depois ela esticou a bolsinha para um lado e deu um puxão  repentino.
Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro FO-DA-SE!
Olhei para o plástico para ver se a pele dos testículos não tinha ficado agarrada à cera.
Ela riu-se como uma perdida, olhou de perto e disse que ainda restavam alguns pelinhos e que tinha que repetir.
- O caraças é que repetes, exclamei, saltando do sofá.
Segurei o sr. esquerdo e o sr. direito, como quem protege um animal em vias de extinção e fui para a banheira. Sentia o coração bater  nos tomates.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez na vida que molhei o dito cujo antes  de molhar a cabeça. Passei alguns minutos só a deixar a água escorrer-me pelo corpo.
Depois saí do banho, mas tinha que fazer merda. Peguei no meu gel pós barba com camomila que “acalma a pele", enchi a concha da mão e aí vai disto.
Foi como se tivesse aplicado piripiri. Fiquei ali a saltitar e a grunhir como um leitão em dia de castração.
Sentei-me na sanita e fiquei a abaná-los com uma toalha, como quem abana um boxeur no 10º round.  
Olhei para o meu amiguinho, tão alegre há uns minutos atrás e agora tão encolhido que metia dó. Parecia que estava a implorar-me "a mim não, a mim não". Fiz-lhe uma festinha no lombo, para o descansar e saí da casa-de-banho.
Ela quis ver o resultado. Aquela voz, antes aveludada, soava-me agora à de um carrasco.
- Ok, vê lá, mas a meio metro de distância e sem tocar em nada!
E a noite acabou ali, naquele momento sexo para mim só se fosse para  perpetuar a espécie humana.
Hoje acordei com eles vermelhuscos e sensíveis, vesti as calças mais folgadas que encontrei... sem nada por baixo, claro. Tenho um andar diferente, pois tenho, e passei a manhã em pé, com medo de encostar os desgraçados seja lá onde for.
E, sim, a minha admiração pelas mulheres aumentou muito.  
 

P.S. Isto é parte imaginação, parte adaptação de um texto de autor desconhecido, que eu não sou maluco, chiça!               

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