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Little Drop of Poison

veneno avulso com antídoto incorporado

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Little Drop of Poison

18
Set07

Baratas tontas

antídoto
Há coisas que sempre me fizeram confusão e para as quais não encontro nenhuma explicação lógica.
Uma delas é o terror patológico que 90% das mulheres têm pelas baratas. E olhem que estou a ser bonzinho ao dizer 90%, ok?!
Toda a vida esperei que, mais tarde ou mais cedo, surgisse um estudo científico que viesse fazer luz sobre as razões profundas deste facto indesmentível mas, para meu grande assombro, tal nunca aconteceu.
Suponho que, por ser uma coisa tão banalizada, passou a ser encarada como natural e inevitável, ninguém se preocupando com os graves traumas psicossomáticos daí resultantes, principalmente numa época em que cada vez há mais mulheres a viverem sozinhas, completamente desprotegidas e vulneráveis.
Eu preocupo-me, não consigo aceitar que assim seja. Quem já ouviu o grito de pavor e o consequente histerismo descontrolado de uma mulher que viu uma barata, não pode ficar insensível ao fenómeno, não concordam?
Não tenho nenhuma dúvida que o horror profundo que a mulher sente pelas baratas (noutro dia falarei do horror profundo que a barata sente pelas mulheres) deve ter uma explicação que se perdeu nos confins dos tempos, é uma coisa que ficou gravada no vosso código genético e passa de geração em geração.
Porém, acho que tudo é passível de melhoramento e proponho que nos debrucemos sobre algumas questões básicas.
Tentemos ser pragmáticos, todos concordamos que não se pode resolver o problema pela via da extinção.
As baratas são insectos pré-históricos, existem há milhões e milhões de anos, são hiper resistentes e adaptáveis, chegando a sobreviver seis dias sem cabeça, acabando por morrer de fome pela impossibilidade de se alimentarem.
Já as mulheres, que podem sobreviver a vida inteira sem cabeça, ainda nos vão fazendo alguma falta.
Posta de lado esta hipótese e considerando que promover o convívio entre as espécies é utopia, só vislumbro uma outra possibilidade, um chamamento à razão.
Pensem comigo, meninas, vamos fazer um exercício de lógica.
a) Um espécime humano do sexo feminino tem um peso médio de 60 quilogramas (lá estou eu a ser bonzinho) e uma barata gorda não ultrapassa meio grama, correcto? Então não há nenhum risco de virem a ser esmagadas pelo bichinho, ou há?!
b) Uma baratinha apanhada em flagrante o que faz, digam lá? Corre esbaforida para o lugar seguro mais próximo, verdade? Então não há necessidade de saltarem para cima de uma cadeira, nem de se trancarem na divisão mais distante da do encontro imediato, muito menos de saltarem pela janela ou chamarem o 112.
c) Diz a canção que “a barata diz que tem sapatinhos de veludo” mas o que “ela tem é o pé peludo”, pois diz? Ora vocês têm sapatos especialmente desenhados para liquidar as desgraçadas nos cantos, ou não têm?! Para não falar em todo o género de armadilhas, venenos e insecticidas com que a natureza, digo, a industria vos dotou.
Posto isto, confessem lá, não acham que é completamente despropositada a vossa reacção às baratinhas e outros bichinhos que tais?
É que assim parecem umas baratas tontas.
.

3 comentários

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    antídoto 19.09.2007

    Acharia muito mais sensato se o fizessem relativamente ao trabalho em casa, como por exemplo cozinhar ou passar a ferro.
    Assim somos nós, homens, que chegamos e sentamo-nos, enquanto vcs dão ao chinelo : )
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    sAndRa 20.09.2007

    Em relaçao a isso nao fomos la muito inteligentes. Mas nada que as pouquinhos e sem darem por isso nao coloquemos no lugar. lol
    Eu por acaso faço questao de cozinhar (gosto de inventar) ...
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